Timor-Leste – Gabriela da Cunha
Categoria: Arte Têxtil
Gabriela Da Cunha vem de Atsabe do Município de Ermera de Timor Leste. Iniciou-se a fazer “tais” desde a sua avó e da sua mãe. Começou a aprender quando tinha 8 anos.
Gosta de fazer as tais com as cores naturais, e o material principal usado é o algodão. O primeiro processo é limpar o algodão e retirar as sementes. Depois, dobrá-lo na cesta pentagonal de “lafatik”. Seguidamente, colocá-lo num pau “kida” e girá-lo.
Em Tétum, esta maneira chama-se “Ti kabas”, e é através deste processo que ser feito o fio de algodão. Depois disso, dobrar o fio nos pés, arrastando-o até ficar fininho. Depende à sua escolha, há várias cascas de plantas e produtos alimentícios que podem ser utilizados para fazer a coloração. Pode ser folhas, sementes, raízes, frutos, e até lama.
Por outro lado, é necessário demolhar mais tempo para formar a cor. No processo de fazer alguns “tais”, ainda pode ser acrescentado várias desenhos e imagens.
“É sempre bom ver o processo de mistura de cores, quando os fios se entrelaçam. O tais não só tem o significado de sustentar a vida, mas também retrata a nossa cultura desde o tempo dos nossos avós. Por isso, não pode deixar de existir. Temos de preservá-lo.”