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Noélia Jerómino

Noélia Jerónimo nasceu em Tavira, a 3 de julho de 1971, e começou a trabalhar aos 14 anos. Servia às mesas numa pastelaria, onde conheceu aquele que seria o seu futuro marido. Trabalhou depois numa pizzaria, a estender massas e coberturas, até que decidiu comprar a casa ao lado e abrir um restaurante, Noélia & Jerónimo, em Cabanas de Tavira, no Algarve. 

Autodidata, explica, com a modéstia que a caracteriza, ter acertado nas receitas por ter experimentado vezes sem conta e só após ter lido muito para perceber a técnica ou através da internet, nos vídeos que vê depois de fechar as portas. “Sabor, sabor, sabor” é uma das expressões que gosta de usar e aplicar, por isso, sempre muito exigente com os produtos, faz questão de preservar fornecedores e de se levantar cedo para ir ao mercado e à lota.

Tem pela família, um amor incondicional e pelo trabalho uma paixão sem limites, em que a “sua” ria Formosa, em frente ao restaurante, é inspiração diária. O atum e as ostras estão entre os produtos que mais gosta de trabalhar, mas na ementa existem muitos clássicos e outras tantas recriações, do polvo trapalhão ao arroz de limão com robalo e amêijoas, dos filetes de peixe-galo às pataniscas de polvo, sem esquecer o já famoso arroz de carabineiros, que lhe têm valido Garfo de Prata desde 2018. O mais importante, garante a Chef do Ano 2021, do guia Boa Cama Boa Mesa, prémio atribuído com o apoio Recheio – Cash & Carry, é “o amor e a entrega que se dedica a cada prato. É preciso gosto e vontade. São estes os ingredientes secretos em qualquer receita de sucesso”.

E na paisagem do mar e de ria, que alimenta a energia para continuar diariamente a ir ao mercado, a cozinhar, a estudar e a imaginar e testar novas receitas, inspiradas no Algarve que ama e cuja paixão partilha em cada ida às mesas. Na esplanada ou na sala interior, provam-se as receitas clássicas que dão fama a este pequeno restaurante, como as pataniscas de polvo com arroz de coentros, a canja de amêijoas ou os filetes de peixe-galo. Sempre em busca de mais, ao longo dos anos, Noélia arriscou e alargou horizontes para dar nova vida aos produtos da região, como as ostras do Moinho dos Ilhéus, que apresenta em ceviche, tártaro ou em arroz, e a muxama, que abrilhanta as entradas. À ementa chegaram outros incontornáveis pratos, como o ceviche de dourada, o arroz de limão com corvina e amêijoas e o majestoso arroz de carabineiros”.

Num segundo tempo, apresenta-se gastronomia típica portuguesa na base de produtos do mar da costa portuguesa com a famosa “cataplana” de peixes. Este prato aromático tem como ingredientes principais amêijoas, presunto, tamboril, alhos, cebolas e azeite, cozinhados numa cataplana, uma panela de cobre com uma tampa fixa, de origem árabe e característica na região do Algarve, que retém o sabor dos alimentos.